O destino não-manifesto: projetos de universidade para o Brasil em três tempos 1822/1922/2022

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O Seminário propõe discutir os impasses que marcaram o processo de criação e consolidação das Universidades públicas no Brasil desde a época da Independência até a atualidade. Quais foram as opções das elites dirigentes em momentos históricos decisivos, tais como: no pós a Independência, durante o Estado Novo e a partir da Nova Republica? Em que medida os modelos universitários europeus, ibero-americanos, anglo americanos ou afro-asiáticos inspiraram as diferentes gerações de juristas, médicos, engenheiros, pedagogos, economistas, cientistas e elites dominantes? A educação superior teve impacto na mobilidade social no Pós Abolição? Como as políticas de ação afirmativas mudaram o panorama do Ensino Superior? Considerando o contexto contemporâneo, qual o papel das universidades na constituição de uma esfera pública razoavelmente autônoma, plural e crítica? Nesse sentido, quais os dilemas a serem enfrentados na próxima década para que a educação superior universitária se torne efetivamente um horizonte possível para a grande maioria da população brasileira. Veja a Programação

O seminário integra Projeto 3 vezes 22, em parceria com Biblioteca Guita e José Mindlin (BBM), Instituto de Estudos Brasileiros e a Pró-Reitora de Cultura e Extensão da USP.

Programa

1/12/2018 – sábado

10h30 – 13h Mesa 1
Projetos de Universidade e a condição colonial
Moderador: Iris Kantor, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (USP); editora da Revista de História da USP e pesquisadora do CNPq.

  • Astrônomos, matemáticos e políticas do conhecimento: reformas e projetos universitários em Portugal e no Brasil, 1760-1815”. Com Thomas Haddad, professor da Escola de Artes e Humanidades da Universidade de São Paulo e editor da Revista Brasileira de História da Ciência.
  • A história da medicina no Brasil: as primeiras escolas médicas”. Com Marcia Regina Barros da Silva, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (USP), publicou o livro: O laboratório e a República, saúde pública, ensino médico e produção de conhecimento em São Paulo (1891-1931).
  • O Seminário de Olinda e ensino de Economia Politica em Coimbra. Com Nelson Cantarino, professor no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-UNICAMP).
  • Cursos Jurídicos, a construção do bacharelismo no século XIX. Com Samuel Barbosa, professor doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), investigador principal do Maria Sibylla Merian International Centre for Advanced Studies in the Humanities and Social Sciences.

Almoço – 13h às 15h

15h – 17h30 – Mesa 2: Experiências e Expectativas: as universidades americanas
Moderador: Gildo Magalhães, Professor Titular (RDIDP) do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e colaborador do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP).

  • Estatutos e Constituições: a longa historia das universidades Lima e Filadélfia. Com Neil Safier, diretor da John Carter Brown Library e professor da Universidade de Brown.
  • A reforma da Universidade de Córdoba. Com José Alves Freiras Neto, professor doutor da Universidade Estadual de Campinas e coordenador de graduação do curso de História desta universidade; pesquisador CNPq.
  • O manifesto dos pioneiros da Educação nova e a formação docente em nível universitário. Com Diana Vidal, professora titular de História da Educação na Faculdade de Educação da USP, coordenadora do NIEPHE (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em História da Educação; diretora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP; e integra o Comitê Executivo da ISCHE (International Standing Conference for the History of Education); pesquisadora do CNPq.

 

Dia 08/12/2018

10h30 – 13h00 – Mesa 3

Manifestos modernistas e o Estado Novo: laicidade e acesso

Moderador: Rogerio Siqueira Monteiro, professor livre docente da Escola de Artes e Humanidades da Universidade de São Paulo

  • A universidade brasileira nos projetos de renovação educacional dos anos 1920 e 1930. Com Bruno Bontempi Jr, professor associado e chefe de Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação (EDF) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e editor assistente da Revista Educação e Pesquisa; pesquisador do CNPq.
  • Presença francesa nos projetos de universidade. Com Márcia Consolim, professora associada da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH –UNIFESP).
  • Universidade, formação de professores e ensino das Humanidades Com Marieta de Moraes Ferreira, pesquisadora do CPDOC (FGV), coordenadora do Programa FGV de Ensino Médio, diretora executiva da editora FGV.

13h às 15h – Almoço

15h – 17h30 – Mesa 4

Universidade brasileira entre a Ditadura e a Nova Republica

Moderador: Fernando Almeida, Filósofo e pedagogo, com doutorado em Filosofia da Educação pela PUC-SP e pós-doutor na área de Tecnologias da Educação, pelo CNPq/CNRS, em Lyon-FR. Foi Secretário da Educação do município de São Paulo, Vice-reitor da PUC-SP. Atualmente é professor de Pós-graduação em Educação: Currículo da PUC-SP.

  • Ações afirmativas: uma história do tempo presente Com Márcia Lima, professora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) onde coordena o Programa de Pós-graduação em Sociologia.
  • A missão histórica da universidade pública brasileira: inovação, criatividade e diálogo com a sociedade) Com Alexandre Freitas Barbosa, professor Livre-Docente de História Econômica e Economia Brasileira/Internacional do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) e participa do Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África da USP.
  • A ditadura e a modernização autoritária das universidades. Com Rodrigo Patto Sá Motta, professor titular da UFMG e pesquisador do CNPQ. Publicou recentemente: As universidades e o regime militar (RJ: Zahar, 2014). Foi presidente da Associação Nacional de História (ANPUH) no período 2013-2015.

Rodrigo M. Garcia

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